Um agosto a nos enlutar por bom tempo ainda, marcado bem mais do que o infortúnio a pesar sobre uma família ou sobre uma ambição política. Independente das preferências ideológico-partidárias, ou de críticas opositoras, todas ,aliás, saudáveis em ambiente democrático, não há como se furtar a uma tristeza pela partida prematura de alguém a idealizar um conceito, um modelo, um modo contemporâneo de se enxergar a dimensão republicana na construção de alternativas, soluções, entregas.
Ficam mais pobres os cenários políticos pela interrupção repentina, abortada numa etapa tão inicial que poderia sim contribuir muito mais para as discussões – momentaneamente eleitorais – mais sobremaneira, para o debate de ideias e opções, fundamentos estes a fortalecerem sociedades mais desenvolvidas, conscientes de serem elas as destinatárias das ações do Estado.
Nós especificamente – Gestores Governamentais de Planejamento, Orçamento e Gestão – que tivemos a oportunidade de conviver com as dinâmicas e rotinas implementadas e desenhadas para se estruturarem no esteio de consolidação de carreiras técnicas de estado, deixamos aqui um singelo tributo, como cidadãos, como profissionais, parafraseando o dito “um passo à frente e já não se está mais no mesmo lugar”. Prossigamos então.
Obrigado, Eduardo.